Quem quer bom ervilhal semeia antes do Natal
Chegámos à semana antes do Natal e, impregnados pelo espírito natalício e em modo de piloto automático da azáfama, o tempo corre veloz. O tempo continua a correr, e alguns detalhes podem “evaporar-se” entre o tiquetaque e as expectativas geradas e impostas. Este provérbio é a mensagem para prevenir o piloto automático, sinalizando que planear é a estratégia para se atingir os objectivos definidos.
Sou uma pessoa pouco versada na temática da agricultura, sabendo de antemão que os calendários das sementeiras podem ter sido revistos pela inovação e mudança tecnológica. Leia-se, portanto, o “ervilhal” em sentido figurado.
Saber onde estamos e para onde queremos ir continua a ser um desígnio individual, e tomaria a liberdade de salientar que é um direito. Fica comprometida a nossa satisfação e motivação quando abdicamos do direito de dirigir o nosso percurso. Além de comprometido o percurso, fica-se à mercê das circunstâncias do Universo e da acção dos pares.
Ao longo deste ano já escrevi sobre a dimensão do tempo e da sua gestão eficaz. Também escrevi sobre a importância de definir objectivos e de transitar para a etapa de planear para a sua concretização.
Muito pouco a acrescentar sobre esta temática... e sei que esta semana, porque o tempo corre veloz, haverá menos tempo de qualidade para ler artigos mais extensos.
Neste âmbito, os meus votos são apenas de que possamos estar despertos para a importância de tratar das situações como sendo importantes, dedicando tempo de qualidade e alocando os recursos que são essenciais de acordo com os desígnios necessários. Sempre com o foco de que as matérias importantes não passem a ser urgentes, retirando a possibilidade de fruição do processo e do resultado.
Apenas com a aspiração de que, em vésperas de Natal, não sejamos forçados a ter de pedir emprestadas ervilhas pela vizinhança ou, eventualmente, ficarmo-nos pela privação e/ou frustração.
Ervilhas são, neste artigo, a alusão a objectivos. E as ervilhas não crescem de um dia para o outro.
Até já, até à última semana de 2018.
✍ Este artigo foi escrito ao abrigo do antigo Acordo Ortográfico. ✓ Revisão de texto realizada por José Ribeiro